CARACTERIZAÇÃO DA AUTONOMIA DOS PESQUISADORES EDUCACIONAIS A PARTIR DE RELATOS SOBRE SEUS PROCESSOS DE FORMAÇÃO E PRÁTICA PROFISSIONAL
DOI:
https://doi.org/10.26694/rles.v29i61.6007Palavras-chave:
Autonomia, Pesquisa em Educação, Formação de pesquisadores educacionaisResumo
Neste artigo apresentamos os resultados de uma investigação que teve como objetivo caracterizar a autonomia de pesquisadores educacionais a partir das relações que eles estabeleceram em seus processos de formação e prática profissional. Os dados foram obtidos a partir de relatos apresentados por esses profissionais em um questionário disponibilizado em uma plataforma on-line. As análises foram fundamentadas na abordagem qualitativa e na técnica de Análise de Conteúdo, com o uso de categorias a priori provenientes de um instrumento analítico que elaboramos. Dentre os resultados, caracterizamos a autonomia dos pesquisadores educacionais sob a presença e ausência do interesse e da liberdade, em relações que envolveram o exercício da ética, habilidades e disposições políticas, e o desenvolvimento do próprio conhecimento. Em algumas situações, os pesquisadores também realizaram suas pesquisas sob o exercício da docência, com ênfase nas relações para negociar recursos, atender aos seus interesses sobre a escolha da área e dos temas de pesquisa, e para aprimorar o próprio conhecimento. Concluímos a respeito da relevância da autonomia para a formação e atuação dos pesquisadores; da prática de valores, como a responsabilidade, o respeito, e o diálogo; da capacidade do instrumento de análise utilizado; e de possíveis encaminhamentos para estudos futuros.
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