EDUCATION FOR THE CONSTRUCTION OF FUTURES IN CONTEMPORARY TIMES: ELEMENTS FOR A DISCURSIVE ANALYSIS OF THE BNCC
DOI:
https://doi.org/10.26694/rles.v28i58.4841Keywords:
BNCC, Construction of Futures, Sustainable futures, Science Education, DiscourseAbstract
The concept of future has recurrently appeared in national and international curriculum policy texts, as well as in documents from multilateral organizations. In the context of science education, this recurrence is influenced by demands related to directing education towards the role of foundation for the construction of sustainable planetary futures. This recognition motivates interest in investigating the ways in which this concept is treated in the National Common Curricular Base (BNCC), the document that regulates the development of Brazilian curricula from teacher training to the construction of textbooks. This interest is justified by the relevance of a territorialized look at possible emerging trends on the global scene, in order to identify particularities, as well as local potentials and limitations in working with problems that go beyond the national level. In this investigation, a textual analysis was carried out based on the theoretical-methodological framework of Critical Discourse Analysis (CDA) based on excerpts from the BNCC that recruit the future specifically aimed at dealing with training for contemporary times. The results discuss formulations and textual aspects of the BNCC in relation to the situation in which its elaboration and promulgation takes place, the neoliberal influences on the document, as well as rising educational demands in the face of a global crisis scenario. In particular, it is clear that, with regard to objectives related to environmental sustainability, entrepreneurship and job insertion are prioritized to the detriment of the common good or the appreciation of difference.
Downloads
References
AGUIAR, M. A. da S. Política educacional e a Base Nacional Comum Curricular: o processo de formulação em questão. Currículo sem fronteiras, v. 18, n. 3, 2018.
AGUIAR, M. A. da S. Reformas conservadoras e a "nova educação": orientações hegemônicas no MEC e no CNE. Educação & Sociedade, v. 40, 2019.
ANPED; ABDC. Ofício n.º 01/2015/GR: Exposição de Motivos sobre a Base Nacional Comum Curricular. Rio de Janeiro, 9 de novembro de 2015. Disponível em: https://ced.ufsc.br/files/2015/10/Exposi%C3%A7%C3%A3o-de-Motivos-a-BNCC-ANPED-e-ABdC.pdf Acesso em: 28. jun. 2023.
BASTOS, R. dos S. A educação para a cidadania global da UNESCO e seus nexos com a formação de professores de educação física no Pará. 2019. 278 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Instituto de Ciências da Educação, Universidade Federal do Pará, Pará, 2019.
BENNETT, N.; LEMOINE, G. J. What a difference a word makes: understanding threats to performance in a VUCA world. Business Horizons, v. 57, p. 311–317, 2014.
BRASIL. LEI No 5.692, DE 11 DE AGOSTO DE 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e 2º graus, e dá outras providências: Planalto, 1971.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Ensino Médio. Brasília: MEC/SEF, 2000.
BRASIL. Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências. Diário Oficial da União. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12796.htm>. Acesso em: 28 set. 2023.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 2014.
BRASIL. Resolução CNE/CP No 2, de 22 de dezembro de 2017. Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica. Brasília, DF, 2017.
BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular, Brasília: Secretaria da Educação Básica, 2018.
BHASKAR, R. The Possibility of Naturalism: A Philosophical Critique of the Contemporary Human Sciences Brighton, The Harverster Press, 1979.
BONDÍA, J. L. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, n. 19, 2002.
BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CHAUÍ, M. O totalitarismo neoliberal. Anacronismo e Irrupción, v. 10, n.18, p. 307-328, 2020.
CHOULIARAKI, L.; FAIRCLOUGH, N. Discourse in Late Modernity: Rethinking Critical Discourse Analysis. Edinburgh: Edinburgh University Press, 1999.
DIÓGENES, C. G.; VALOYES, A. Y. V.; EUZEBIO, U. Implementación de la competencia 10 de la Base Nacional Común Curricular en Brasil: un análisis desde el concepto de Ciudadanía Global de la Agenda 2030, Rev. bras. Estud. pedagog., Brasília, v. 101, n. 259, p. 583-606, 2020.
FAIRCLOUGH, N. Discurso e mudança social. 2 ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2016.
FAIRCLOUGH, N. Language and globalization. London, Routledge, 2006.
FAIRCLOUGH, N. ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO COMO MÉTODO EM PESQUISA SOCIAL CIENTÍFICA. Linha d’Água, n. 25 (2), p. 307-329, 2012.
GOODSON, I. Currículo, narrativa e o futuro social. Revista Brasileira de Educação, v. 12, n. 35, pp. 241-252, 2007.
HODSON, D. Time for action: Science education for an alternative future. International Journal of Science Education, 25(6), 645–670, 2003.
IOANNIDOU, O.; ERDURAN, S.. Policymakers’ Views of Future-Oriented Skills in Science Education. Frontiers in Education, v. 7, 2022.
IPEA (2019). ipea.gov.br. Objetivos de desenvolvimento sustentável: 4. Educação de qualidade. Disponível em <https://www.ipea.gov.br/ods/ods4> Acesso em: 19 mai 2023.
KRASILCHIK, M. Reformas e realidade: o caso do ensino de ciências. São Paulo Em Perspectiva, v. 14, n.1, p. 85-93, 2000.
LARROYD, L. M.; DUSO, L. Os Documentos Curriculares Nacionais e o Ensino de Ciências e Biologia. Revista Ignare Scientia, v.5, n.3, 2022.
LEVRINI, O.; TASQUIER, G.; BRANCHETTI, L.; BARELLI, E. Developing future-scaffolding skills through science education. International Journal of Science Education, 41:18, 2647-2674, 2019.
MACEDO, E.. As demandas conservadoras do movimento escola sem partido e a base nacional curricular comum. Educação e Sociedade, Campinas, v. 38, no. 139, p.507-524, 2017.
MANGNUS, A. C.; OOMEN, J.; VERVOORT, J. M.; HAJER, M. A. Futures literacy and the diversity of the future. Futures, v. 132, 2021.
MARTINS, I.; PINHÃO, F.; VILANOVA, R. The interplay between structure and agency in the enactment of STEM policy. Cult Stud of Sci Educ, 12, 863–871 (2017).
MONDA, E. Social Futuring: in the context of future studies. Society and Economy. v. 40, n.1, p. 77-109, 2018. DOI: https://doi.org/10.1556/204.2018.40.s1.5
OLIVEIRA, I. B. de; SÜSSEKIND, M. L. Tsunami Conservador e Resistência: a CONAPE em defesa da educação pública. Educação e Realidade, Porto Alegre, v.22, n.3, 2019.
ONU (UNITED NATIONS). Transforming our world: the 2030 agenda for sustainable development. 2015.
PACIS, M.; VAN WYNSBERGHE, R. Key sustainability competencies for education for sustainability: Creating a living, learning and adaptive tool for widespread use. International Journal of Sustainability in Higher Education, v. 21, n. 3, p. 575-592, 2020.
PISSARA, M. C. P.; FERRARI, S. C. M. Contribuição para a discussão da BNCC 2017. Revista Portuguesa de Pedagogia, v. 54, 2020.
QUEIROZ, E. D. de; FREIRE, Laísa. Análise crítica do discurso: um marco teórico-metodológico para pesquisas em educação em ciências. Ensino, Saúde e Ambiente, v. 7 (1), Edição Especial, 2014.
REIS, P. G. R. dos. Cidadania Ambiental e Ativismo Juvenil. ENCITEC - Ensino de Ciências e Tecnologia em Revista, v. 11, n. 2., p. 5-24, 2021.
RODRIGUES, L. Z.; MHOR, A. “Tudo deve mudar para que tudo fique como está”: Análise das implicações da Base Nacional Comum Curricular para a Educação em Ciências. Revista e-Curriculum, São Paulo, v. 19, n. 4, p. 1483-1512, 2021.
ROSA, H. Social acceleration: A new theory of modernity. Columbia University Press, 2013.
SANTOS, M. S. A oferta do letramento e a garantia de futuros sociais: análise das políticas de letramento da UNESCO e de suas ideologias linguísticas. Trab. Ling. Aplic., Campinas, n(56.2): 641-667, 2017.
SANTOS, M. S. B.; MOREIRA, J. A. da S. POLÍTICAS CURRICULARES NA BNCC E O ENSINO DAS CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS NO ENSINO MÉDIO. Horizontes – Revista de Educação, Dourados-MS, v. 8, n. 15, p. 61-80,. 2020.
SERRANO CASTAÑEDA, J. A.; MORALES, J. M. R. .; ÁLVAREZ, L. del S. C. Ecobiografía: renovar lazos, modos de relación con el mundo en el antropoceno. Linguagens, Educação e Sociedade, v. 28, n. 57, p. 1 - 30, 2024.
SILVA, L. M de L.; MARTINS, I. Educação orientada para o futuro no contexto brasileiro: um foco sobre a BNCC. In: XIV Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC). Caldas Novas: Realize Editora, 2023, Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/92889>. Acesso em: 04/06/2024.
SON, H. The history of Western futures studies: na exploration of the intellectual traditions and threephase periodization, Futures (2015), http://dx.doi.org/10.1016/j.futures.2014.12.013.
SÜSSEKIND, M. L. As (im)possibilidades de uma Base Comum Nacional. Revista e-Curriculum, São Paulo, v.12, n.03, p.1512-1529, 2014.
SÜSSEKIND, M. L.; MERLADET, F. A. D.; D’AVIGNON, M. G. S. O fim do mundo do fim. Inter-Ação, Goiânia, v.47, n.3, p. 994-1008, 2022.
SÜSSEKIND, M. L.; MASKE, J.; OLIVEIRA, I. B. de. A escola é nossa e o currículo é favelado. Currículo sem fronteiras, v.22, e2186, 2022.
THOMPSON, J. B. Ideologia e Cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. Trad. (Coord.). Pedrinho A. Guareschi. Petrópolis: Vozes, 2002.
UNESCO. (1998 [1996]). Educação: um tesouro a descobrir – Relatório para UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. Trad. José Carlos Eufrázio. São Paulo/Brasília: Cortez/UNESCO.
UNESCO. Global Futures Literacy Design Forum, 2019.
UNESCO. Reimaginar nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação. Brasília : Comissão Internacional sobre os Futuros da Educação, UNESCO; Boadilla del Monte : Fundación SM, 2022.
VIEIRA, L. D. D.; NICOLODI, J. C.; DARROZ, L. M.. A área de Ciências da Natureza nos PCNs e na BNCC. Revista Ignare Scientia, v.4, n.5, 2021.
VIEIRA, V.; RESENDE, V.. Análise de Discurso (para a) Crítica: O texto como material de pesquisa. Coleção: Linguagem e Sociedade, Vol. 1, 2 ed., 2016.
VILANOVA, R.; MARTINS, I.. Individualism, instrumental reason and policy texts: some considerations from the perspective of contemporary political philosophy. Cult Stud of Sci Educ, 12, 835–841 (2017).
XIANG, X.; MEADOWS, M. E. Preparing Adolescents for the Uncertain Future: Concepts, Tools and Strategies for Teaching Anthropogenic Environmental Change. Sustainability, v. 12, n. 17, 2020.