APRENDER A EMPRENDER: EL PROYECTO DE VIDA Y LA CULTURA DEL EMPRENDIMIENTO EN LA EDUCACIÓN ESCOLAR
DOI:
https://doi.org/10.26694/rles.v26i52.2988Palabras clave:
Emprendedor de sí mismo, Proyecto de Vida, Cultura de desempeñoResumen
“Piensa fuera de la caja”, “Innova”, “Sé tu propio emprendedor”, “Aprende a emprender”. Estos son algunos de los imperativos formativos que se transmiten a diario en la contemporaneidad. De acuerdo con esta cultura, el Proyecto de Vida promete desarrollar al individuo en múltiples dimensiones, motivándolo a resolver problemas y tomar decisiones para alcanzar metas y lograr la realización profesional. Cuando se asocia al Proyecto de Vida, esta cultura traslada dispositivos empresariales -como la competitividad, el desempeño y la productividad- al ámbito educativo, subordinando los procesos de formación a una nueva gubernamentalidad. Partía de la siguiente pregunta: ¿qué hemos hecho de nosotros mismos bajo las formas de control de la vida? Se asume que el debate académico sobre Proyecto de Vida está anclado en principios del mercado neoliberal, priorizando la formación de individuos económicamente productivos, pero políticamente sumisos y dóciles. De esta manera, pretendemos discutir el papel que juega la racionalidad pedagógica empresarial en la dirección de las formas de autogobierno. Como forma de dirección analítica, la crítica de Foucault surge como un marco teórico capaz de presentar los límites de los dispositivos neoliberales que sitúan a la Educación en las pautas de la productividad y la eficacia.
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