Desfecho epidemiológico da sífilis gestacional e congênita, Piauí, 2007 a 2024

Autores

  • José Francisco Ribeiro Universidade Estadual do Piauí - UESPI
  • Juliane Barroso da Silva Universidade Estadual do Piauí - UESPI
  • Laissa Raquel da Silva Universidade Estadual do Piauí - UESPI
  • Ana Beatriz Norberto Nunes Bezerra Universidade Federal do Piauí - UFPI
  • Maria Gabriela de Sousa Teixeira Universidade Estadual do Piauí - UESPI
  • Tatiana Custódio das Chagas Pires Galvão Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa
  • Vyrna Rebeca de Carvalho Alves Universidade Federal do Piauí - UFPI

DOI:

https://doi.org/10.26694/repis.v11i1.6459

Palavras-chave:

Sífilis congênita, Sífilis materna, Vigilância, Epidemiologia da sífilis

Resumo

Objetivo: analisar o desfecho socioepidemiológico da sífilis gestacional e congênita no estado do Piauí, de 2007 a 2024. Métodos: estudo ecológico, constituído de dados secundários obtidos do SINAN, analisados e descritos pela ferramenta BioEstat, versão 5.3. adotou-se pressupostos teste do qui-quadrado, adotando-se a condição de até 80% das células da tabela de contingência com frequência provável ≥5. Resultados: obteve-se significância estatística para: anos de notificação (p-valor<0,001);faixa etária (p-valor<0,001); etnia (p-valor<0,001) e consulta pré-natal(p-valor<0,001. Para a caracterização socio-clínica foi revelado relevância para os seguintes desfechos: Sífilis latente (33,4%); testes não treponêmicos reativos (88,8%) e teste treponêmicos reativos (65,6%). Quanto a caracterização socio-clínica das notificações da sífilis congênita, atingiu-se os destaques: tratamento da mãe durante  pré-natal (47%); faixa etária do recém-nascido até 6 dias (95,5%); sexo feminino (48,5%); Tratamento do parceiro não realizado (58,6%); diagnostico de sífilis recente (94,2%) e resultado dos casos recém-nascido vivo (92%). Implicações: a sífilis gestacional e congênita no Piauí, assim como na maioria das regiões brasileiras está fortemente atrelada a caracterização socioepidemiológica.

Biografia do Autor

José Francisco Ribeiro, Universidade Estadual do Piauí - UESPI

Mestre em ciências e Saúde, Doutor em enfermagem - UFPI. Universidade Estadual do Piauí (Campus: Faculdade de Ciências Médicas). Teresina, Piauí, Brasil.

Juliane Barroso da Silva, Universidade Estadual do Piauí - UESPI

Graduanda em Enfermagem. Universidade Estadual do Piauí (Campus: Faculdade de Ciências Médicas). Teresina, Piauí, Brasil.

Laissa Raquel da Silva, Universidade Estadual do Piauí - UESPI

Graduanda em Enfermagem. Universidade Estadual do Piauí (Campus: Faculdade de Ciências Médicas). Teresina, Piauí, Brasil.

Ana Beatriz Norberto Nunes Bezerra, Universidade Federal do Piauí - UFPI

Enfermeira, residente em enfermagem obstétrica. Universidade Federal do Piaui. Teresina, Piauí, Brasil.

Maria Gabriela de Sousa Teixeira, Universidade Estadual do Piauí - UESPI

Graduanda em Enfermagem. Universidade Estadual do Piauí (Campus: Faculdade de Ciências Médicas). Teresina, Piauí, Brasil.

Tatiana Custódio das Chagas Pires Galvão, Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa

Enfermeira obstétrica. Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa. Teresina, Piauí, Brasil. 

Vyrna Rebeca de Carvalho Alves, Universidade Federal do Piauí - UFPI

Enfermeira, residente em enfermagem obstétrica. Universidade Federal do Piaui. Teresina, Piauí, Brasil.

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Publicado

2025-11-05

Como Citar

Ribeiro, J. F., Silva, J. B. da, Silva, L. R. da, Bezerra, A. B. N. N., Teixeira, M. G. de S., Galvão, T. C. das C. P., & Alves, V. R. de C. (2025). Desfecho epidemiológico da sífilis gestacional e congênita, Piauí, 2007 a 2024. Revista Prevenção De Infecção E Saúde, 11(1). https://doi.org/10.26694/repis.v11i1.6459

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