A MEDICALIZAÇÃO INFANTIL ENQUANTO RESPOSTA CONTEMPORÂNEA AS MAZELAS DISCENTES: RESPONSABILIDADES DA PSICOLOGIA
DOI:
https://doi.org/10.26694/caedu.v7i1.6552Palavras-chave:
Psicologia, Comportamento, Educação, Diagnóstico, PatologizaçãoResumo
O comportamento humano sempre esteve em alto relevo nas instâncias de análises sociais e científicas, seja pelo prisma da Psicologia, Educação, Medicina e outros campos importantes no cotidiano. Na atualidade, este comportamento tem ganhado vernizes de patologia e sobretudo de rastreio diagnóstico, jogando determinados caracteres até então "normais" no campo do diferente, doentio e errático. O estudo abordou as implicações dessa patologização no dia a dia dos discentes e o consequente aumento do processo de ampliação do que é tido como desajustado e não ajustado ao ambiente escolar. Possui enquanto questionamento central: como a medicalização infantil pode ser reforçada por caracteres psicológicos? Além de obter enquanto objetivo central investigar a centralidade da medicalização infantil no cenário educacional doméstico enquanto resposta a mazelas discentes. Enquanto referencial teórico, utiliza-se, prioritariamente na metodologia, o pesquisador Roque Moraes no que compete a análise de conteúdo. Foi possível concluir que a medicalização se fortalece enquanto resposta contemporânea às questões discentes por domínios como a Psicologia, especialmente no discurso biomédico que atravessa esta ciência.
Downloads
Referências
ACSELRAD, M.; TAVARES, D. B. A medicalização do sofrimento psíquico na cultura do hiperconsumo. Fractal: Revista de Psicologia, Niterói, v. 34, p. 1-10, 2022.
AZEVEDO, M. C. A. et al. Tratamento farmacológico em pacientes com TDAH com ênfase no uso do metilfenidato: Revisão sistemática. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 7, n. 11, p. 107876–107900. DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv7n11-425.
BARBOSA, M. B.; LEITE, C. D. P. INFÂNCIA E PATOLOGIZAÇÃO: CONTORNOS SOBRE A QUESTÃO DA NÃO APRENDIZAGEM. Psicol. Esc. Educ., São Paulo, v. 24, p. 1-9, 2020.
BASSANI, E.; VEIGA, L. S. A medicalização do “fracasso escolar” em escolas públicas municipais de ensino fundamental de Vitória-ES. revista entreideias, Salvador, v. 9, n. 1, p. 9-31, jan/abr 2020. DOI: https://doi.org/10.9771/re.v9i1.28793.
BELTRAME, R. L.; GESSER, M; SOUZA, S. V. DIÁLOGOS SOBRE MEDICALIZAÇÃO DA INFÂNCIA E EDUCAÇÃO: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 24, p. 1-15, 2019.
CARDOSO, L. R. C. O. FRACASSO ESCOLAR OU DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM?. Rev. Cient. Novas Configur. Dialog. Plur., Luziânia, v. 3, n. 4, p.19-28, 2022.
CHRISTOFARI, A. C. MEDICALIZAÇÃO NA INFÂNCIA: DISCIPLINAMENTO, CONTROLE E PUNIÇÃO. Zero-a-Seis, Florianópolis, v. 24, p. 685-713, jul./jul., 2022. DOI: https://doi.org/10.5007/1518-2924.2022.e82805.
COIMBRA, J. L. et al. Medicalização da Educação Escolar. Educação, Sociedade & Culturas, Porto, n. 57, p. 5-9. DOI: https://doi.org/10.34626/esc.vi57.335.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP). Subsídios para a campanha “Não à medicalização da vida”: medicalização da educação. Brasília, DF: Conselho Federal de Psicologia. Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas – CREPOP, 2012.
FRANCO, A. F.; MENDONÇA, W. F.; TULESKI, S. C. Enfrentando a medicalização no chão da escola: pesquisa, teoria e prática. Obutchénie: R. de Didát. e Psic. Pedag., Uberlândia, v. 6, n. 1, p. 177-197, jan./abr. 2022. DOI: http://doi.org/10.14393/OBv6n1.a2022-64390.
FRANCO, A. F.; MENDONÇA, W. F.; TULESKI, S. C. MEDICALIZAÇÃO DA INFÂNCIA: AVANÇO OU RETROCESSO. Nuances: estudos sobre Educação, Presidente Prudente, v. 31, n. 1, p. 38-59, dez. 2020. DOI: 10.32930/nuances.v31iesp.1.8289.
FREIRE, B. M. R.; DANTAS, J. B. Infâncias patologizadas: um estudo epidemiológico sobre o fenômeno da medicalização infantil em Centros de Atenção Psicossocial de Fortaleza. desidades, Rio de Janeiro, v. 10, n. 32, p. 242-265, 2022. DOI: https://doi.org/10.54948/desidades.v0i32.43450.
FUNDAMENTAL NA CONCEPÇÃO DA EQUIPE ESCOLA E DA FAMÍLIA. FRAGMENTOS DE CULTURA, Goiânia, v. 33, n. 4, p. 1030-1044, 2023. DOI: 10.18224/frag.v33i4.13966.
ISFRAN, F. et al. FRACASSO ESCOLAR E MEDICALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO: A culpabilização individual e o fomento da cultura patologizante. Movimento-Revista De educação, Goiás, v. 7, n. 15, p. 19-28, 2022. DOI: https://doi.org/10.22409/mov.v7i15.43073.
LEMOS, F. C. S. et al. Resistências frente à medicalização da existência. Fractal: Revista de Psicologia, Niterói, v. 31, n. 2, p. 158-164, maio-ago. 2019.
LIMA, T. C. S.; MIOTO, R. C. T. Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica. Rev. katálysis, Florianópolis, v. 10, p. 37-45, 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-49802007000300004.
MANFRÉ, A. H. CRÍTICA DA MEDICALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR: UM SABER NECESSÁRIO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES. Debates em Educação, Maceió, v. 12, n. 26, Jan./Abr. DOI: 10.28998/2175-6600.2020v12n26p15-35.
MASCARENHAS, C.; TRAD, L. A. B. Laços entre colonialidade e patologização: produção da exclusão e da invisibilidade no cuidado às infâncias. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 34, p. 1-20, 2024.
MORAES, R. Análise de conteúdo. Revista Educação, Porto Alegre, v. 22, n. 37, p. 7-32, 1999.
OLIVEIRA, M. C.; COSTA, C. P. A. MEDICALIZAÇÃO PARA A ESCOLA: O QUE SE ESPERA DE UMA CRIANÇA?. Educ. Anál., Londrina, v.9, n.4, p.944-959, Out./Dez. 2024. DOI: 10.5433/1984-7939.2024v9n4p944.
OLIVEIRA, R. C.; NUNES, R. Pharmacological cognitive enhancement: a promising or an inevitable future?. Revista Bioética, Brasília, v. 29, n. 1, p. 87-99, 2021.
POSSAMAI, C. F.; PINTO, F. M.; FUCK, L. B. Medicalização Infantil no Contexto Escolar: implicações no processo de cuidar e educar. Educação, Santa Maria, v. 49, p. 1-24, 2024. DOI: http://dx.doi.org/10.5902/1984644485385.
SANTANA, M. S. R.; ARAUJO, C. C. C. OS EFEITOS DA MEDICALIZAÇÃO NA APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL NA CONCEPÇÃO DA EQUIPE ESCOLAR E DA FAMÍLIA. Revista Fragmentos de Cultura - Revista Interdisciplinar de Ciências Humanas, Goiânia, Brasil, v. 33, n. 4, p. 1030–1044, 2024. DOI: 10.18224/frag.v33i4.13966.
SCARIN, A. C. C. F.; SOUZA, M. P. R. MEDICALIZAÇÃO E PATOLOGIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO: DESAFIOS À PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL. Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 24, p. 1-8, 2020.
SILVA, C. N.; ORTIGOSA, G.; MARIANO, M. L. MEDICALIZAÇÃO INFANTIL: UMA BREVE ANÁLISE DA PSICOLOGIA ESCOLAR. REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE PSICOLOGIA DA FAEF, Garça, v. 39, n. 2, p. 1-9, 2022.
SILVA, N. T.; NAKAGAWA, K. S. OS POSICIONAMENTOS DA PSICOLOGIA NO QUE SE REFERE A MEDICALIZAÇÃO ESCOLAR: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. CONTRADIÇÃO – Revista Interdisciplinar de Ciências Humanas e Sociais, v. 3, n. 2, p. 1-13, 2022. DOI: 10.33872/revcontrad.v3n2.e040.
SILVA, P. A. B.; SOUZA JÚNIOR, J. C. PSICOLOGIA ESCOLAR: REFLEXÕES SOBRE OS DESAFIOS NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL Cadernos da Fucamp, Monte Carmelo, v. 19, n. 37, p. 45-59, 2020.
TAVARES, C. B.; RODRIGUES, L. Mapeando a medicalização infantil e o uso de psicotrópicos entre crianças na literatura brasileira. Revista Mosaico, Vassouras, v. 13, n. 1, p. 61-75, 2022.
TOSTA, M. C. F.; SILVA, A. A.; SILVA, J. C. Infância remediada: uma investigação sobre o processo de medicalização na educação infantil. Revista Cocar, Belém, v. 21, n .39, p. 1-20, 2024.
ZANGRANDE, H. J. B.; COSTA, A. B.; AOSANI, T. R. Infância tarja preta: sentidos da medicalização atribuídos por crianças diagnosticadas com TDAH. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 7, n. 3, p. 25317-25336 mar 2021. DOI: 10.34117/bjdv7n3-302.
ZUCOLOTTO, M. P. R.; MENDES, L. B. O papel da psicologia escolar na perspectiva da análise institucional. Revista Diálogo, Canoas, n. 43, p. 89-98, 2020. DOI: https://doi.org/10.18316/dialogo.v0i43.5103.