Uma História do Pensamento Econômico do consumo: averiguação da literatura econômica ortodoxa e heterodoxa
DOI:
https://doi.org/10.26694/2764-1392.5654%20%20%20%20%20%20%20Palavras-chave:
Consumo, Economia, História do Pensamento Econômico, Ortodoxia, HeterodoxiaResumo
De forma geral, a Economia pode ser definida como uma Ciência Social Aplicada que se ocupa da averiguação da alocação de recursos escassos em uma comunidade, sendo compreendidos, tais recursos, especialmente, como todos os bens materiais necessários para a vida em sociedade. Dada esta definição, o estudo da produção material se constitui em elemento central para análises econômicas e, compondo o processo de produção, o consumo pode ser entendido como a fase final de tal processo. Desta forma, o objetivo deste artigo é o de analisar o consumo dentro da História do Pensamento Econômico, com base em autores da ortodoxia e da heterodoxia econômica. Para cumprimento do objetivo, as fontes principais serão obras de autores selecionados, que trataram, de forma mais ou menos direta, do tema consumo. Concluímos que o consumo, variável econômica – mas também estudado por outras áreas como a história, a sociologia e a antropologia – é visto de maneira diferente por autores ortodoxos e heterodoxos, sendo que, para estes últimos, o termo guarda uma relação muito próxima com outras áreas da Ciência, que estão para além da economia, sendo compreendido como uma prática social que escapa da utilidade, racionalidade e bem-estar ortodoxos.
Referências
BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
BOURDIEU, Pierre. A distinção: crítica social do julgamento. 2 ed. Tradução de Daniela Kern e Guilherme Teixeira. Porto Alegre: Zouk, 2011.
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Por que os Ortodoxos erram tanto? Folha de São Paulo, 2010. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0802201006.htm. Acesso em 13/01/2024.
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Por um Pensamento Econômico Heterodoxo Dominante: Um Manifesto Acadêmico. Revista Econômica, Niterói, v. 14, n. 1, p. 09-32, jun., 2012.
BRUE, Stanley L. História do Pensamento Econômico. Tradução de Luciana Penteado Miquellino. São Paulo: Thomson Learning, 2006.
CHASE, Stuart. “Nota prévia”. In: VEBLEN, Thorstein. A teoria da classe ociosa: um estudo econômico das instituições. Tradução de Olivia Krähenbühl. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1965.
DOUGLAS, Mary; ISHERWOOD, Baron. O mundo dos bens: para uma antropologia do consumo. Tradução de Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2004.
EKERMAN, Raul. Apresentação. In: MILL, John Stuart. Princípios de Economia Política: com algumas de suas aplicações à Filosofia Social. Tradução de Luiz João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 5-22. (Coleção os Economistas).
JEVONS, William Stanley. A Teoria da Economia Política. Tradução de Cláudia Laversveiler de Morais. São Paulo: Nova Cultural, 1996. (Coleção Os Economistas).
KEYNES, John Maynard. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Tradução de Mário R. da Cruz. São Paulo: Nova Cultural, 1996. (Coleção Os Economistas).
MARSHALL, Alfred. Princípios de Economia: tratado introdutório. v. I. Tradução revista de Rômulo Almeida e Ottolmy Strauch. São Paulo: Nova Cultural, 1996. (Coleção Os Economistas).
MARX, Karl. Grundrisse. Tradução de Mario Duayer e Nélio Schneider. São Paulo: Boitempo, 2011.
MCCRACKEN, Grant David. Cultura e consumo: novas abordagens ao caráter simbólico dos bens e das atividades de consumo. Tradução de Fernanda Eugenio. Rio de Janeiro: MAUAD, 2003.
MENESES, José Newton Coelho; BORREGO, Maria Aparecida de Menezes. Introdução: o testemunho das coisas úteis e duráveis. Anais do Museu Paulista, São Paulo. Nova Série, v. 26, p. 1-4, 2018.
MICHAELIS. Ofelimidade. In: Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. Editora São Paulo: Melhoramentos: 2015. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/Ofelimidade/. Acesso em: 15 dez. 2024.
MILL, John Stuart. Princípios de Economia Política: com algumas de suas aplicações à Filosofia Social. v. I. Tradução de Luiz João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1996. (Coleção Os Economistas).
NELSON, Richard; WINTER, Sidney. Uma teoria evolucionária da mudança econômica. Campinas: Ed. Unicamp, 2005 [1930].
OLIVEIRA, Roberson de; GENNARI, Adilson Marques. História do Pensamento Econômico. São Paulo: Saraiva, 2009.
PARETO, Vilfredo. Manual de Economia Política. (Coleção os Economistas). Tradução de João Guilherme Vargas Netto. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
REDE, Marcelo. História a partir das coisas: tendências recentes nos estudos de cultura material. Anais do Museu Paulista, São Paulo. n. sér. v. 4, p. 265-282, jan./dez., 1996.
RICARDO, David. Princípios de Economia Política e Tributação. Tradução de Paulo Henrique Ribeiro Sandroni. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
RUBIO, Flávia Carrasco. A ortodoxia e heterodoxia revistas em sua base: uma leitura de Economia Política. Dissertação (Mestrado Profissional em Finanças e Economia) – Escola de Economia, Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, 2012.
SAES, Flávio Azevedo Marques de; SAES, Alexandre Macchione. História Econômica Geral. São Paulo: Saraiva, 2013.
SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de Economia. São Paulo: Editora Best Seller, 1999.
SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. v. 1. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
VEBLEN, Thorstein. A teoria da classe ociosa: um estudo econômico das instituições. Tradução de Olivia Krähenbühl. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1965.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 INFORME ECONÔMICO (UFPI)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.