EDUCAÇÃO, TRABALHO E FUTURO: UM ENSAIO SOBRE TRAJETÓRIAS JUVENIS E O IMPERATIVO DA ESCOLHA PRECOCE
DOI:
https://doi.org/10.26694/epeduc.v8i3.7073Keywords:
Juventude, Escolha profissional precoce, Educação, Trabalho, Desigualdades sociaisAbstract
Este ensaio analisa criticamente o imperativo da escolha profissional precoce imposto às juventudes brasileiras, discutindo seus impactos nas trajetórias educacionais e no mundo do trabalho. Argumenta-se que tal exigência ocorre em contextos marcados por desigualdades de classe, gênero, território e raça, condicionando as possibilidades de escolha e reforçando padrões excludentes. Examina-se o papel contraditório da escola, que pouco dialoga com as culturas juvenis e reproduz currículos fragmentados, além das tensões advindas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Também se discutem os novos sentidos do trabalho em um cenário de precarização, informalidade e reinvenção criativa. Conclui-se que a escolha profissional precoce, mais do que ato de autonomia, revela-se resposta a pressões estruturais, demandando políticas públicas articuladas que garantam educação de qualidade, inserção laboral digna e formação cidadã emancipatória.
References
ALVES, M. Z.; DAYRELL, J. Ser alguém na vida: um estudo sobre jovens do meio rural e seus projetos de vida. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 41, n. 2, p. 375-390, abr./jun. 2015.
CORROCHANO, M. C.; ABRAMO, L. W. Juventude, educação e trabalho decente: a construção de uma agenda. Linhas Críticas, Brasília, v. 22, n. 47, p. 110-129, jan./abr. 2016.
GUIMARÃES, N. A. Trabalho intermediado, percursos instáveis e sociabilidade juvenil. Linhas Críticas, Brasília, v. 22, n. 47, p. 15-40, jan./abr. 2016.
JARDIM, F. A. A.; ALMEIDA, W. M. Expansão recente do ensino superior brasileiro: (novos) elos entre educação, juventudes, trabalho? Linhas Críticas, Brasília, v. 22, n. 47, p. 63-85, jan./abr. 2016.
LARANJEIRA, D. H. P.; IRIART, M. F. S.; RODRIGUES, M. S.. Problematizando as transições juvenis na saída do ensino médio. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 41, n. 1, p. 117-133, jan./mar. 2016.
LEÃO, G.; DAYRELL, J. T.; REIS, J. B. Juventude, projetos de vida e ensino médio. Educação & Sociedade, Campinas, v. 32, n. 117, p. 1067-1084, out./dez. 2011.
MARTINS, C. H. S.; CARRANO, P. C. R. A escola diante das culturas juvenis: reconhecer para dialogar. Educação, Santa Maria, v. 36, n. 1, p. 43-56, jan./abr. 2011.
MIRANDA, A. Transiciones juveniles, generaciones sociales y procesos de inclusión social en Argentina post-neoliberal. Linhas Críticas, Brasília, v. 22, n. 47, p. 130-149, jan./abr. 2016.
PIRES, L. F. R. Pode a base nacional comum curricular contribuir para a educação para a cidadania?. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 41, e56416, 2025. DOI: 10.35699/edur.v41i41.56416. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/56416. Acesso em: 30 jun. 2025.
SANTOMÉ, J. T. Globalização e Interdisciplinaridade: o currículo integrado. Trad. de Cláudia Schilling. Porto Alegre: Artmed, 1998.
SILVA, M. G. V.; TOMIZAKI, K A. O sonho de ser metalúrgico: dimensões da vivência juvenil no ABC Paulista. Linhas Críticas, Brasília, v. 22, n. 47, p. 86-109, jan./abr. 2016.
SILVA, M. P. Juventude(s) e a escola atual: tensões e conflitos no “encontro de culturas”. Revista de Educação Popular, Uberlândia, v. 14, n. 1, p. 46-59, jan./jun. 2015.
TOMMASI, M. L. Jovens produtores culturais de favela. Linhas Críticas, Brasília, v. 22, n. 47, p. 41-62, jan./abr. 2016.



















