JCS HU-UFPI. Jan. - Abr. 2025; 8(1):5-6 ISSN: 2595-0290
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EDITORIAL
DOI: https://doi.org/10.26694/jcshu-ufpi.v8i1.6641
Jussara Maria Valentim Cavalcante Nunes
Editor-chefe da revista JCS-HU/UFPI
Gerente de Ensino e Pesquisa HU-UFPI/Ebserh
Uroginecologista HU-UFPI/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
Doutorado em Medicina (Ginecologia) pela Universidade Federal de São
Paulo, Brasil.
Professora Efetiva da Universidade Federal do Piauí, UFPI, Brasil.
EDITORIAL
Março: Mês Mundial de Conscientização sobre a
Incontinência Urinária
Iniciamos mais um volume da nossa
revista científica e nesse número inicial publicada
no primeiro quadrimestre de 2025, trazemos um
tema muito importante abordado no terceiro mês
do ano. O mês de março, tradicionalmente
associado à celebração da saúde da mulher,
também marca uma importante campanha de
conscientização mundial sobre a incontinência
urinária. Trata-se de uma condição que, embora
altamente prevalente, permanece cercada de
estigmas, silêncio e subnotificação. Como
uroginecologista e especialista na área, considero
fundamental aproveitar esse momento para
lançar luz sobre um tema que impacta
profundamente a qualidade de vida de milhões de
pessoas especialmente mulheres em todo o
mundo.
A incontinência urinária não é apenas uma
questão fisiológica: ela atravessa aspectos
emocionais, sociais e até mesmo econômicos.
Estima-se que cerca de 30% a 50% das mulheres
adultas apresentarão algum grau de incontinência
ao longo da vida, e muitas deixam de procurar
ajuda por vergonha, desinformação ou pela
crença equivocada de que “é normal com o
envelhecimento”.
No contexto de um hospital universitário
como o nosso HU-UFPI, é imperativo que
avancemos não apenas na assistência
especializada e humanizada, mas também na
formação de profissionais sensíveis ao tema e na
JORNAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - JCS HU-UFPI
EDITORIAL
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produção de conhecimento que ajude a
desconstruir tabus. A pesquisa, a educação em
saúde e a interdisciplinaridade são pilares
fundamentais para mudar essa realidade.
Precisamos ampliar o diálogo com a
sociedade, incentivar a busca precoce por
diagnóstico e promover o acesso a tratamentos
eficazes que vão desde abordagens
comportamentais e fisioterapêuticas até terapias
cirúrgicas bem estabelecidas. A incontinência
urinária tem tratamento. E, acima de tudo,
merece respeito.
Que não o mês de março sirva para
visibilidade, mas todo o ano lembremos deste
tema como um chamado à ação: por mais
conhecimento, menos preconceito e mais
cuidado.
Desejo a todos uma boa leitura.
Correspondência: Jussara Maria Valentim
Cavalcante Nunes. Hospital Universitário da UFPI,
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
Campus Universitário Ministro Petrônio Portela, s/n
- Ininga, Teresina - PI, Brasil 64049-550. E-mail:
jussara.mnunes@ebserh.gov.br
Editado por:
Jussara Maria Valentim Cavalcante Nunes
Marcelo Cunha de Andrade
Revisado/Avaliado por:
Jussara Maria Valentim Cavalcante Nunes
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Como citar este artigo (Vancouver):
Nunes JMVC. Editorial. [editorial]. J. Ciênc. Saúde [internet]. 2025 [acesso em: dia mês abreviado ano];
8(1):6-7. DOI: https://doi.org/10.26694/jcshu-ufpi.v8i1.6641